Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides @ 2011 @ dirigido por Rob Marshall
A franquia Piratas do Caribe foi um repentino e bem recebido sucesso para a Disney - é só você parar e pensar que toda a idéia do filme surgiu a partir de uma atração de lá da casa do Mickey. Após uma rentável trilogia, todos não esperavam por mais uma aventura do capitão Jack Sparrow (interpretado por Johnny Depp), mas aí resolvem contratar Rob Marshall (diretor do premiado musical "Chicago"), chamar uma bela estrela para um suposto par romântico (Penélope Cruz, linda como sempre) e tentar, dessa forma, dar um reinício a franquia - que, dessa vez, acaba não sendo tão bem sucedida. (a não ser, claro, que você ache que filme bom é aquele que dá dinheiro)
A franquia Piratas do Caribe foi um repentino e bem recebido sucesso para a Disney - é só você parar e pensar que toda a idéia do filme surgiu a partir de uma atração de lá da casa do Mickey. Após uma rentável trilogia, todos não esperavam por mais uma aventura do capitão Jack Sparrow (interpretado por Johnny Depp), mas aí resolvem contratar Rob Marshall (diretor do premiado musical "Chicago"), chamar uma bela estrela para um suposto par romântico (Penélope Cruz, linda como sempre) e tentar, dessa forma, dar um reinício a franquia - que, dessa vez, acaba não sendo tão bem sucedida. (a não ser, claro, que você ache que filme bom é aquele que dá dinheiro)
"Navegando em Águas Misteriosas" começa assim, misteriosamente, com um velho sendo resgatado em alto mar por piratas espanhóis, alertando-os sobre o pirata Barba Negra (Ian McShane). Logo depois, vemos o julgamento de um suposto Jack Sparrow (recurso bem falho esse, já que todos sabem que seria inevitavelmente um impostor), pelas mãos de um juiz muito suspeito (outra cagada). A partir daí, ficamos sabendo que um suposto (sim, mais um) Jack Sparrow está tentando formar uma tripulação, o que desperta a atenção do verdadeiro. Inclua nessa mistura Angelica (Penélope Cruz), antiga amante de Jack, que alega ser filha do Barba Negra, e Barbossa (Geoffrey Rush), antigo antagonista, que agora trabalha à serviço do rei - e se até aqui tudo está muito confuso, pode acreditar que nas telonas a coisa é bem pior - mas, enfim, todos estão buscando uma coisa em comum: a fonte da juventude.
Se nos filmes anteriores, o roteiro conseguia misturar o universo dos piratas com um pouco de mitologia antiga, dessa vez soa muito forçado: para se ter uma idéia, a profecia que move a trama foi dita por um pirata, que segundo o Barba Negra, apenas "enxerga as coisas"; os "zumbis" não lembram em nada suas contrapartes pútridas e as sereias simplesmente não convencem. Pior ainda é a tentativa falha e extremamente acelerada de estabelecer um novo casal dentro da trama. Penelope Cruz é linda, eu sei, mas sua função dentro do filme é absolutamente descartável. E Johnny Depp, que conseguiu uma indicação ao Oscar por esse mesmo papel anos atrás, simplesmete oferece o básico - Jack Sparrow é engraçado, mas está muito repetitivo. Geoffrey Rush, no entanto, consegue salvar seu personagens em algumas situações bem sacadas envolvendo o seu novo modo de vida.
A fotografia é extremamente ruim (o que me deixou espantado!) - na cena em que vemos Penelope Cruz pela primeira vez, por exemplo, a imagem é tão escura que mal conseguimos enxergar o que está acontecendo. As poucas cenas de ação do filme praticamente não empolgam. E eu sinceramente não sei em quais cenas o 3D foi investido, porque recapitulando tudo o que eu vi tenho certeza que o recurso se mostrou extremamente desnecessário. Apesar do péssimo roteiro, boa parte das falhas residem também no fato de terem dado um filme de ação a um diretor acostumado com musicais (e apenas um bom, dentre eles) - Rob Marshall conseguiu deixar o filme entediante: usa planos básicos em muitas cenas, e parece mostrar uma preguiça criativa tremenda, achando que somos obrigados a aceitar o fato.
Com um desfecho ruim, o novo "Piratas do Caribe" simplesmente não causa nada, e apesar de ser o mais curto da série, parece ser o mais longo de tão entediante. Permitir que as excentricidades de um personagem segurem o filme com certeza não é uma idéia de sucesso, e foi justamente o que a Disney e o diretor Rob Marshall fizeram dessa vez, o que confesso, me deixou frustrado - eu gosto bastante da trilogia inicial (em ordem decrescente).
3/10
Se nos filmes anteriores, o roteiro conseguia misturar o universo dos piratas com um pouco de mitologia antiga, dessa vez soa muito forçado: para se ter uma idéia, a profecia que move a trama foi dita por um pirata, que segundo o Barba Negra, apenas "enxerga as coisas"; os "zumbis" não lembram em nada suas contrapartes pútridas e as sereias simplesmente não convencem. Pior ainda é a tentativa falha e extremamente acelerada de estabelecer um novo casal dentro da trama. Penelope Cruz é linda, eu sei, mas sua função dentro do filme é absolutamente descartável. E Johnny Depp, que conseguiu uma indicação ao Oscar por esse mesmo papel anos atrás, simplesmete oferece o básico - Jack Sparrow é engraçado, mas está muito repetitivo. Geoffrey Rush, no entanto, consegue salvar seu personagens em algumas situações bem sacadas envolvendo o seu novo modo de vida.
A fotografia é extremamente ruim (o que me deixou espantado!) - na cena em que vemos Penelope Cruz pela primeira vez, por exemplo, a imagem é tão escura que mal conseguimos enxergar o que está acontecendo. As poucas cenas de ação do filme praticamente não empolgam. E eu sinceramente não sei em quais cenas o 3D foi investido, porque recapitulando tudo o que eu vi tenho certeza que o recurso se mostrou extremamente desnecessário. Apesar do péssimo roteiro, boa parte das falhas residem também no fato de terem dado um filme de ação a um diretor acostumado com musicais (e apenas um bom, dentre eles) - Rob Marshall conseguiu deixar o filme entediante: usa planos básicos em muitas cenas, e parece mostrar uma preguiça criativa tremenda, achando que somos obrigados a aceitar o fato.
Com um desfecho ruim, o novo "Piratas do Caribe" simplesmente não causa nada, e apesar de ser o mais curto da série, parece ser o mais longo de tão entediante. Permitir que as excentricidades de um personagem segurem o filme com certeza não é uma idéia de sucesso, e foi justamente o que a Disney e o diretor Rob Marshall fizeram dessa vez, o que confesso, me deixou frustrado - eu gosto bastante da trilogia inicial (em ordem decrescente).
3/10